O site vazou informações sobre supostas agressões sexuais de Assange a duas mulheres, mas logo retirou do ar
Assange está na Inglaterra, mas a Suécia pede sua extradição
Os arquivos policiais confidenciais sobre as supostas agressões sexuais de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, a duas mulheres na Suécia foram vazados por um site de sueco, segundo reportagem publicada neste sábado pelo britânico The Times. O site retirou a informação secreta do ar pouco após postá-la, mas o jornal britânico conseguiu guardar uma cópia.
O histórico divulgado incluía detalhes dos encontros de Assange com as duas mulheres, que o acusam de abuso, apesar do analista australiano ainda não ter sido acusado formalmente.
Assange, que está em liberdade condicional no Reino Unido, deve comparecer na segunda-feira diante de um tribunal londrino para prosseguir com seu processo de extradição a Suécia, país que o reivindica para interrogá-lo em relação aos supostos delitos.
O vazamento de seu histórico policial "foi calculado para prejudicar os interesses de Julian Assange", declarou ao Times o advogado do australiano, Mark Stephens, cujo escritório, Finers Stephens Innocent, investiga a origem do vazamento.
Os documentos, escritos em sueco, incluíam os depoimentos por escrito das denunciantes com declarações de seus amigos e fotos dos preservativos supostamente utilizados pelo processado.
Na audiência da segunda-feira, os advogados de Assange, que se declara inocente de qualquer acusação, argumentarão que os fatos não seriam puníveis no Reino Unido porque não há provas suficientes de que as mulheres não consentiram o ato sexual.
Alegarão que seu cliente enfrenta risco de pena de morte nos Estados Unidos se for extraditado para a Suécia, já que é provável que o país escandinavo ceda ao pedido de entrega por parte desse país, especialmente afetado pelos documentos publicados pelo portal WikiLeaks.
Segundo o Times, os defensores dirão que as autoridades suecas cometeram um abuso de processo ao emitir uma ordem europeia de detenção para simplesmente interrogar Assange por fatos que nem sequer foi acusado.
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