"Tolerar a injustiça é relativamente aceitável, condenável é a intolerância da justiça". Leandro Francisco

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Atirador entra em escola em Realengo, Rio de Janeiro, mata alunos e se suicida

Segundo diretor de hospital, 11 crianças morreram na Zona Oeste do Rio.
Atirador tinha 24 anos e foi aluno da escola. Em carta, disse que tinha HIV.

Do G1 RJ
Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso de Oliveira, em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)
Wellington Menezes de Oliveira, homem que atirou contra escola municipal Tasso de Oliveira,
em Realengo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Um homem de 23 anos entrou em uma escola municipal na Zona Oeste do Rio na manhã desta quinta-feira (7), atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Segundo o diretor do hospital para onde as vítimas foram levadas, 11 crianças morreram (10 meninas e 1 menino) e 13 ficaram feridas (10 meninas e 3 meninos). As crianças têm idades entre 12 e 14 anos.
Segundo autoridades, o nome do atirador é Wellington Menezes de Oliveira e ele é ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, onde foi o ataque. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros.
A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola. Um policial que fazia uma blitz perto da escola foi chamado por alunos que conseguiram fugir do local.
O policial diz que subiu ao segundo andar e encontrou Wellington no corredor e atirou em sua perna. Em seguida, ele diz que Wellington se matou.

Sobrevivente conta como foiUma das alunas lembra os momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.
“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola.
“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.

Atirador diz, em carta, que tinha HIV
O subprefeito da Zona Oeste, Edmar Peixoto, afirmou que Wellington Menezes deixou uma carta em que contava ser portador do vírus HIV. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno.
Mapa da escola Tasso da Silveira, em Realengo (Foto: Arte/G1)
De acordo com o coronel Djalma Beltrami, a carta de Wellington tinha inscrições complicadas. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.

07/04/2011 12h02 - Atualizado em 07/04/2011 13h11

Dilma chora e pede um minuto de silêncio por crianças assassinadas

Presidente disse 'repudiar' violência no Rio de Janeiro.
Pelo menos 11 pessoas morreram em massacre em escola.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
 
A presidente Dilma Rousseff pediu, emocionada, nesta quinta-feira (7), um minuto de silêncio em homenagem às crianças mortas em massacre no Rio de Janeiro, quando um atirador matou pelo menos 11 pessoas em uma escola.
Durante cerimônia em comemoração da formalização de 1 milhão de empreendedores individuais, a presidente afirmou "repudiar" o ato de violência "contra crianças indefesas".
Ela chegou a chorar e embargar a voz ao pedir aos presentes "um minuto de silêncio aos brasileirinhos".
"“Hoje, temos também que lamentar o fato que aconteceu em Realengo com crianças indefesas. Não era característica do país ocorrer este tipo de crime. Por isso, considero que todos aqui, homens e mulheres, estamos unidos no repúdio àquele ato de violência, no repúdio a esse tipo de violência sobretudo a crianças indefesas”, afirmou.
Por causa da tragédia no Rio, Dilma não chegou a discursar sobre a marca alcançada de formalização de trabalhadores.
A cerimônia foi encerrada após 20 minutos, apenas com a fala da presidente sobre o massacre.
Normalmente, o presidente da República é o último a falar em cerimônias oficiais, mas, por causa da tragédia, Dilma resolveu subir primeiro ao púlpito e dedicar o discurso às crianças mortas. A cerimônia foi encerrada logo em seguida.
“Encerro meu pronunciamento cumprimentando os empreendedores individuais, mas, sobretudo, homenageando crianças inocentes que perderam a vida e o futuro neste dia, lá em Realengo. Por isso, proponho um minuto de silêncio para que nós mostremos a nossa homenagem a esses brasileirinhos que foram tirados tão cedo da vida”, concluiu.

Ministros
Em nota, o Ministério da Justiça informou que o ministro José Eduardo Cardozo entrou em contato com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e com o prefeito, Eduardo Paes.
Segundo a nota, "o ministro ofereceu apoio ao governo do estado e solidariedade aos familiares em nome do governo federal". Em João Pessoa (PB), onde fez palestra no Encontro Nacional de Combate às Organizações Criminosas, Cardozo pediu um minuto de silêncio pelas vítimas.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse durante visita a um hospital em Porto Alegre que o ataque a tiros na escola do Rio de Janeiro é uma “tragédia sem precedentes no Brasil”

O caso
Pelo menos 11 pessoas morreram e 22 ficaram feridas no episódio, na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O atirador foi identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno da escola.
De acordo com o coronel da polícia Djalma Beltrami, Oliveira deixou no local uma carta com inscrições complicadas, segundo afirmou. “Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”, contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de Homicídios.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria entrado sob o argumento de que iria fazer uma palestra. De acordo com a polícia, ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.

Ficha Limpa e os Mau Lavados



Por maioria de votos, e contrariando o entendimento do Superior Tribunal Eleitoral, os ministros do STF conseguiram limpar a ficha de políticos considerados impróprios para disputar uma eleição e consequentemente para ocupar um cargo público.
Fazer o quê? É prerrogativa do STF contrariar o entendimento de todas as outras instâncias da Justiça, e ir de encontro, inclusive, ao senso comum e a vontade popular, que fez nascer a irretocável LEI DA FICHA LIMPA.
O voto do recém-chegado Luiz Fux pôs fim a uma novela jurídica que se arrastou por tempo demais e que vinha causando uma série de prejuízos para toda nação.
O fato é que pouco adianta lutar por leis que garantam eleições limpas, se a maioria do eleitorado ainda não exige a honestidade como pré-requisito para que os políticos possam merecer o seu voto.
Mas, a consciência desses valores não se consegue da noite para o dia, nem por meio de imposição legal ou judicial.
Apesar da decisão do Supremo, a Lei da Ficha Limpa não perdeu seu brilho nem perderá o seu poder de atuação – assim espero.
É uma arma que os brasileiros honestos têm para fechar as portas da democracia aos políticos sem moral e sem comprometimento com a população.
Agora, com a decisão de ontem do Supremo Tribunal Federal, deputados, senadores e governadores que obtiveram maioria de votos, mesmo tendo os registros indeferidos pela Justiça eleitoral, poderão tomar posse de seus mandatos.
Mas, que não se enganem nem os sujos nem os mau lavados: a Justiça reconheceu que a Lei da Ficha limpa não poderia ser aplicada nas eleições de 2010, mas não apagou os erros cometidos pelos vencedores desse embate jurídico-eleitoral.

Fonte:  Blog de R