
O aquecimento é consequencia das mudanças climáticas provocadas pelo homem. E o recorde de encolhimento do Ártico é coerente com o recorde do ano passado, 2010, que fechou, segundo a Nasa, como um dos três mais quentes desde que as mediçoes começaram, há mais de 130 anos.
É claro que isso não é problema só para os esquimós e ursos polares. O encolhimento do Ártico afeta os padrões de clima no mundo todo. Para alguns cientistas, a redução na calota polar estaria até ligada às ondas de frio anormais do inverno europeu.
No ano passado, o Ártico perdeu o equivalente ao Estado de São Paulo. O degelo do Ártico explica por que a Groenlândia está derretendo mais rápido do que se imaginava. E isso pode aumentar a taxa de elevação do nível do mar.
Além disso, o Ártico funciona como uma enorme capa branca, que reflete a luz do Sol e ajuda a regular a temperatura média de todo o planeta. Na medida que ele encolhe, aumenta a proporção de superfície do mar, mais escura, que absorve luz e calor. Isso acelera a tendência de aquecimento global.
Talvez você pergunte como o Hemisfério Norte pode estar mais quente neste inverno, se as notícias são só de nevascas históricas em Nova York e imediações. A resposta está no mapa abaixo, com temperaturas de 17 de dezembro de 2010 a 15 de janeiro de 2011.

A área em azul mostra onde as temperaturas estão em cerca de 3 graus centígrados abaixo da média. Ela coincide com as grandes cidades da costa Atlântica dos Estados Unidos. No resto da América do Norte, no entanto, a tendência é de mais calor. São as áreas de verde a vermelho. Em verde, são as que estão com cerca de 3 graus acima da média. As áreas em vermelho estão até 21 graus acima da média. Esse calor anormal, em áreas menos habitadas, não repercute tanto na imprensa. Nem afeta a vida de quem viajou de férias. Mas tem grandes impactos no planeta.
(Alexandre Mansur)
Ártico tem a menor extensão de gelo no inverno e Canadá tem áreas com 21 graus acima da média, e a população anda não se deu conta.
ResponderExcluir